Semana passada assisti uma palestra na Casa do Saber sobre Platão. Era para ser uma palestra mas acabou se tornando uma aula para iniciantes.
Na primeira fila uma moça interpelava a palestrante o tempo todo para que lhe fosse explicado todo conceito de filosofia platônica que fazia parte de seu discurso.
Assim... o que era para ser um "banho" de Filosofia, com direito à banheira de hidromassagem, espumas e sais, se tornou uma chuveirada fria em que a água vinha aos jorros por um problema de encanamento.
Por que temos sempre que interagir? Por que não podemos ouvir, observar, contemplar informações novas nos permitindo o tempo do encantamento, o tempo próprio do conhecimento se fazendo sentir por nosso intelecto, nossa alma faminta pela riqueza humana dos que viveram e pensaram antes de nós?
Por que não conseguimos digerir frases inteiras com encadeamento lógico antes de querer saber o porquê das coisas fora mesmo de seus contextos? A pobre moça interrompia até mesmo a própria explicação que exigia, querendo saber dos outros se ela era a única, afinal, a ter dúvidas.
Bom... dúvida se tem quando se sabe algo mas algo neste algo não ficou bem claro... certo? Não sendo o caso do próprio e total desconhecimento sobre o assunto.
Resumindo: a palestra de duas horas se tornou uma aula inaugural de uma Introdução à Filosofia. O que, acredito, não era a intenção dos espectadores e, de certo, a minha, que voltei para casa tão desapontada quanto a palestrante, tradutora de grego, diretora do Departamento de Filosofia da Puc, que teve que reformular toda sua apresentação. Nos deixando frustrados por sabermos ter perdido um verdadeiro banquete em tempos de fome mundial.
Por que temos sempre que interagir? Por que não podemos ouvir, observar, contemplar informações novas nos permitindo o tempo do encantamento, o tempo próprio do conhecimento se fazendo sentir por nosso intelecto, nossa alma faminta pela riqueza humana dos que viveram e pensaram antes de nós?
Por que não conseguimos digerir frases inteiras com encadeamento lógico antes de querer saber o porquê das coisas fora mesmo de seus contextos? A pobre moça interrompia até mesmo a própria explicação que exigia, querendo saber dos outros se ela era a única, afinal, a ter dúvidas.
Bom... dúvida se tem quando se sabe algo mas algo neste algo não ficou bem claro... certo? Não sendo o caso do próprio e total desconhecimento sobre o assunto.
Resumindo: a palestra de duas horas se tornou uma aula inaugural de uma Introdução à Filosofia. O que, acredito, não era a intenção dos espectadores e, de certo, a minha, que voltei para casa tão desapontada quanto a palestrante, tradutora de grego, diretora do Departamento de Filosofia da Puc, que teve que reformular toda sua apresentação. Nos deixando frustrados por sabermos ter perdido um verdadeiro banquete em tempos de fome mundial.
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