Se há um transporte que nos leve ao além da vida, deve ser parecido com o metrô. Não há um dia em que nele viaje que nao me imagine em meu caminho no pós vida, nesse espaço-tempo questionável em relação ao próprio tempo e, principalmente, ao espaço como nós o conhecemos.
Uma viagem que pára - não usarei a nova ortografia, entalada na garganta - em estações onde levas de gente entram e se acomodam.
Pessoas de diferentes tamanhos, idades e gostos. Uns carregando bolsas, outros mochilas e alguns a carregar apenas um livro ou jornal.
Fecham-se as portas e continuamos nesse caminho sem paisagem na incógnita de nossa chegada.
Subterrâneos, podemos dar em qualquer lugar mas não há pistas se céu ou inferno. E as pessoas continuam chegando, comentando a novela, o jogo, a tarde quente lá fora.
E se realmente estivermos mortos e não tivermos nos dado conta de que tudo mudou mesmo parecendo ser o mesmo de todo dia?
Porque para mudar não precisamos morrer e, para não perceber as mudanças que nos circundam, menos ainda.
Acordamos distraídos não apenas ao que nos cerca mas geralmente ao que nos faz ser o que somos. Assim, vivemos como outros, alheios à nossa própria essência, displicentes de que nosso tempo sempre será curto para que nossa consciência finalmente desperte e busque, apressada, aquela pessoa tão interessante que se deixou de ser no meio do caminho.
Sim... no meio do caminho há sempre um metrô. Um espaço para que se pense, enquanto as estações vão passando, sobre o que realmente importa na vida...sobre a humildade necessária ao pão de cada dia.
No meio do caminho há sempre um metrô. Que me lembra, todo dia, que sou pequena e pouca e menor ainda é minha sombra sobre o mundo.
Uma viagem que pára - não usarei a nova ortografia, entalada na garganta - em estações onde levas de gente entram e se acomodam.
Pessoas de diferentes tamanhos, idades e gostos. Uns carregando bolsas, outros mochilas e alguns a carregar apenas um livro ou jornal.
Fecham-se as portas e continuamos nesse caminho sem paisagem na incógnita de nossa chegada.
Subterrâneos, podemos dar em qualquer lugar mas não há pistas se céu ou inferno. E as pessoas continuam chegando, comentando a novela, o jogo, a tarde quente lá fora.
E se realmente estivermos mortos e não tivermos nos dado conta de que tudo mudou mesmo parecendo ser o mesmo de todo dia?
Porque para mudar não precisamos morrer e, para não perceber as mudanças que nos circundam, menos ainda.
Acordamos distraídos não apenas ao que nos cerca mas geralmente ao que nos faz ser o que somos. Assim, vivemos como outros, alheios à nossa própria essência, displicentes de que nosso tempo sempre será curto para que nossa consciência finalmente desperte e busque, apressada, aquela pessoa tão interessante que se deixou de ser no meio do caminho.
Sim... no meio do caminho há sempre um metrô. Um espaço para que se pense, enquanto as estações vão passando, sobre o que realmente importa na vida...sobre a humildade necessária ao pão de cada dia.
No meio do caminho há sempre um metrô. Que me lembra, todo dia, que sou pequena e pouca e menor ainda é minha sombra sobre o mundo.
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