Bom mesmo é morrer do coração.
Sair de casa sem despedir como se fosse encontrar logo ali, na esquina perto da banca de jornal. Sem nem tempo para pensar que agora é sua a vez de passar para o outro lado. Há tantos lados em uma só vida!
Bastar um susto e não levar livro nem a obrigação de escrever.
Quando teimamos, que inferno cumprir a cisma com que nos marcamos!
Porque há dias sem poesia.
Momentos sem que a vontade se faça e só se quer que o tempo não mais exista. Nem o sol, nem o vento, nem a cama que não dá mais descanso ou conforto. Sem falar do sono que não vem ou, quando vem, não acalenta o esforço de permanecer.
Mas quero fugir do trágico.
Agora, a inspiração me fala aos sussurros sobre o fim próximo, sempre à porta, debaixo da cama, no box do banheiro, molhada ainda com a água do último banho.
É no peito que se encerra a palavra.
Não aquela que começou o mundo, essa não! Afinal era verbo.. o que não deixa de ser palavra. Mas a minha, a que explodirá no momento incerto, é advérbio de intensidade.
Mas se muito ou pouco, quem saberá?
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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